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segunda-feira, 14 de março de 2011

Diário de São Paulo

Diário de São Paulo carreira 13/03/2011

O poder que seduz o mundo dos negócios

Profissionais com capital erótico possuem mais chances de ocupar cargos de liderança pelo charme e persuasão

Nany Luilo Kimizuka

Você sabe o que é capital erótico? É o quarto poder pessoal, depois do econômico, cultural e social. Essa é a definição, segundo Catherine Hakim, do Departamento de Sociologia da Escola de Economia de Londres. Ela realizou uma ampla pesquisa sobre o tema. O estudo, intitulado de "Abstrato", foi publicado no ano passado no jornal "European Sociological Review", ligado à Universidade de Oxford, e está disponível, em inglês, no site http://esr.oxfordjournals.org.

De acordo com a pesquisadora, homens e mulheres têm essa competência, a qual não está relacionada à sexualidade, mas a um conjunto de características que ajudam um profissional a ser bem-sucedido, como expressão corporal e autoestima. Catherine diz que o capital erótico é multifacetado e reúne seis habilidades: 1 - beleza, 2 - sensualidade, 3 - carisma, 4 - energia social, 5 - status e 6 - competência sexual (veja abaixo).

Para Claudia Braune, autora de "Potencial Erótico" (Wak Editora), quem domina o quarto poder possui mais chances de ocupar cargos de liderança pelo charme e persuasão, pois esse tipo de colaborador sabe usar as ferramentas que tem a seu dispor. "O que é mais importante e ajuda nas conquistas pessoais: ser bonito ou interessante? Essa é uma questão valiosa."

Segundo o especialista em comunicação verbal e marketing pessoal Reinaldo Passadori, o melhor exemplo de capital erótico é o dos líderes. "Eles são seguros, determinados, conhecem seus propósitos, têm claro seus objetivos e metas e, por conta disso, envolvem e seduzem. Tudo isso aliado à forma como se comunicam e se expressam", explica. Para ele, pessoas sedutoras no ambiente corporativo são aquelas com carisma, espontaneidade, flexíveis, que se adaptam a mudanças e aceitam a diversidade.

"Ser sensual no trabalho significa ser desejado. Não no sentido físico, sexual, mas na totalidade. Ser desejado por ser agradável, envolvente, irradiar uma energia positiva e contagiante. Ou seja, olhar com interesse, ouvir com atenção, ter comportamento empático e assertivo", completa Passadori.

Já a coordenadora de recursos humanos (RH) da SBS Livraria Internacional, Natascha Medeiros, fala que não basta charme para ocupar um cargo de liderança: "É necessário ter competências técnicas e comportamentais, além de bom nível cultural e social." E alerta: "A sensualidade prejudica quando utilizada de forma vulgar."

Regras de etiqueta para a aparência
A imagem conta pontos e não cuidar da aparência é um erro, de acordo com a consultora de etiqueta corporativa Lígia Marques. "Não devemos procurar uma imagem sensual. A aparência que precisamos buscar é aquela que transmite competência, credibilidade e confiança", resume a especialista que dedica um capítulo ao tema (imagem) no livro "Os 7 Pecados do Mundo Corporativo" (Editora Vozes), que lançará em 30 de março. Para ela, a capacidade de sedução é uma poderosa arma no trabalho, porém, é necessário saber usá-la. "O poder de sedução vem de dentro da pessoa. Surge da imagem que o profissional transmite, que pode ser de alguém poderoso. Não está relacionado aos trajes. Apostar numa imagem sensual como garantia de sucesso é errado. Passar do limite da admiração de um poder sedutor para uma repulsa por uma imagem vulgar é rápido."

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